Creio que várias pessoas já sofreram por mim. E eu sinto
muito realmente, porque tudo o que aconteceu, juro que não foi minha culpa.
Dei atenção a certas pessoas mais do que seria
necessário. Contudo, o que me intriga, é o modo em como as pessoas confiam e se
entregam pra mim.
O mais estranho de tudo, é que não me lembro da última
vez em que falei de amor e usei meus sentimentos para conquistá-las. Desconfio
que isso jamais ousou acontecer. Mostro minhas idéias, mas nunca meus
sentimentos. Talvez você encontre minhas emoções em massa, em meus rabiscos, isso
é algo que não posso negar.
Atraio pessoas como nuvens em dias de chuva. Por favor,
estou sendo o mais verdadeira possível. Não vá pensar que usei arrogância aqui,
pois, acredite, seria melhor se nada disso estivesse acontecendo.
Não suporto mais essas situações desconfortáveis em que
percebo, em variadas vezes, que sou a causadora de tantos problemas. Eles
poderiam ser evitados se eu não existisse.
É certo que estou fantasiando a realidade um pouco nestas
linhas. Para te mostrar com pouca precisão como me sinto hoje, ontem, e da
mesma forma, há um ano.
Veja o que aconteceu comigo. Foi um acontecimento muito
atrapalhado. Acho que serei caçada depois disso, mas tudo bem, vamos
prosseguir.
O que eu faço para chamar atenção, não é verdade? As
palavras. Acho que são elas vão me matar. Essas malditas que as usei, me
sentindo bem aqui...
Recebi uma ligação naquele dia. Era Miguel. Era um
convite.
Havia um barzinho, com muitas pessoas legais. Pelo menos
sim, aos olhos de todos os presentes daquele recinto. Creio que eu era a única
que me sentia um pouquinho, digamos, fora do lugar. Lá eu até conseguia me
divertir, de uma forma menos intensa em relação à grande massa. E veja a explicação
plausível para eu não ter soltado a seguinte frase: "EU NÃO QUERO MAIS
FICAR AQUI, VAMOS EMBORA?" - Tinha bebidas.
Eu aceitei o convite. Eu sempre aceitava esses chamados.
Pobre Miguel, era a primeira vez que iríamos sair juntos. Eu gostava dele -
Apenas como amigo. Era a única forma para ele me ter por perto, sem sofrer. Ele
não mandava em seu coração. E eis que aconteceu um desastre.
Ele estava muito feliz. Tanto, que achou que iria chover.
Ele chegou perto de mim. Estava estranho, com roupas equipadas para chuva,
acreditando que estava prestes a cair do céu uma tempestade, eu fiquei sem
entender.
Bebemos um pouco. Difícil de acreditar, eu não estava com
vontade de beber que nem um cavalo morto. Em todo o caso, a conversa fluiu
naturalmente. E algo ficou mais sério. Sou muito inocente, eu ainda não havia
entendido a gravidade da situação.
Entrou em cena outro cara que também era apaixonado por
mim. Acho que ele me amava de uma forma até mais verdadeira e mais intensa do
que esse menino que eu estava acompanhada.
O Miguel estava me enchendo à paciência a certa altura do
tempo. Eu abri a minha maldita boca um pouco influenciada pela bebida. Disse,
sem hesitar, que eu não queria nada com ele e nem com ninguém. Dentro do
assunto, falei que lá estava outra pessoa que também gostava de mim. Ele
começou a falar alto comigo, eu quase chorei. Fiquei muito triste. Não entendi
porque estávamos discutindo daquela maneira. Ok, eu entendi. De qualquer jeito,
eu não sabia como fugir dele naquele momento, de modo menos doloroso.
Foi então que Paulo percebeu que tinha algo de errado em
nossa mesa. Ele veio até nós e me perguntou:
- Esse cara está te incomodando?
Eu disse não, mas era tarde demais.
Eles começaram discutir, e quando fui separá-los,
desesperada, recebi um murro de brinde. Não sei de quem, mas eles pararam
imediatamente com toda a euforia e vieram me socorrer. Fiquei completamente
estressada. Nunca havia presenciado tal fato antes.
Fui embora sozinha, claro que todos estavam infelizes,
inclusive eu. Havia uma chuva gelada em meus ombros quando sai do bar, vejam
só! Eles insistiram para me levar embora. Eu não suportava olhar para cara de
nenhum dos dois!
Andei pelas ruas a passos largos, cheguei em casa. Eu já
estava sóbria, não estava arrependida de nada. Sei que os homens não são
iguais, mas aqueles dois se parecem muito. Meu rosto ainda estava doendo naquela
noite.
Continuo sem saber o motivo pelo qual sou tão vazia de
sentimentos. Certas provas de amor, melhor nem me mostrar. Esse foi o motivo de
minha tristeza naquele dia. Provas de ciúmes também matam meu carinho que me esforcei
para ter. Acredite em mim. Se quiser me manter ao seu lado, mantenha distância.
Meus sentimentos como vocês podem perceber, são letais.
Digamos que também não sou expert em me relacionar com pessoas!! Hahahahaha....
ResponderExcluirAs vezes é melhor lidar com imagens!! No seu caso, palavras!! Rs....
=)
Curti ! hahahahaa...
ResponderExcluirSó está baseado mesmo em fatos...
Parabéns ! :)
HAHAHAHAH curti demais oow!
ResponderExcluirvocê precisa me contar um pouco sobre essa história de baseada em fatos reais heim? kkkkk
PARABÉNS!
Prazer conhecer sua arte... Gostei. Convido você a conhecer a minha também em pedacosliterarios.blogspot.com
ResponderExcluirGostei muito mesmo.... A sua forma de descrever os acontecimentos são fascinantes.